sábado, 4 de abril de 2009

vestido branco

tenho lhe procurado
pelas esquinas dessa cidade
nos lugares prováveis
provados.

achei uma parte
num livro
numa livraria
do leblon.
mas você não estava lá
ineteira
intensa
sempre.

tenho esperado o celular
tocar,
som particular.
com seu cheiro,
como eu sentia,
como eu sabia,
a hora dele tocar.

não.
nada de previsível,
gostava das surpresas.
"Vamos de ônibus?"

tenho saudades do seu cheiro, do seu cabelo molhado, do vestido branco de renda. o vestido branco era do mais alvo e puro branco. branco, leve, lindo. gira no meu pensamento, faz meu coração rodar como rodava o vestido branco ao girar.

tenho acordado pensando em você
sem notícias,
sans nouvelles,
nada de novo, a não ser a saudade que sinto.

sem saber onde estou,
onde vou,
só quero saber quando vou lhe encontrar.
Continuo procurando nas esquinas da vida, dos sonhos,
nas ruas, nas livrarias, nos cafés.
- Volta paz!

Germano Penalva, Outono, Rio de Janeiro

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Quem sou eu

soteropolitano. sem sotaque por conveniência. piar solucionou o transitar. sou caruru e vatapá. dias de outono no Rio. dias de sol em Sp. praia da Ribeira. os amigos novos e os velhos que parecem de sempre. tinta óleo, acrílica, pínceis. canetas e papel. palavras. palavras que ainda nem descobri, mas sei que existem. de felicidade, de amanhã. palavras que abrem. palavras que juntam. palavras que voam e as que param...para longe voarem mais. piu.