terça-feira, 1 de junho de 2010

Ainda

Como vi a Madona de Dali
quero ver a vida  mais de longe
sem tantos versos literais.

Seriam as dúvidas
as respostas para o amor?

São as incertezas que me fazem crescer como bambu.
Mais flexível, mais profundo, mais bambu.

De onde estiver, quero ver seus versos,
os meus versos,
feitos com as tintas mais maturadas,
mais ocres, mais rubras.

No final das vidas
a Madona estará lá
nos cubrindo com uma colcha de retalhos.

Quente
colorida
você foi rápido demais.


Germano Penalva, quase inverno, Rio de Janeiro

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Quem sou eu

soteropolitano. sem sotaque por conveniência. piar solucionou o transitar. sou caruru e vatapá. dias de outono no Rio. dias de sol em Sp. praia da Ribeira. os amigos novos e os velhos que parecem de sempre. tinta óleo, acrílica, pínceis. canetas e papel. palavras. palavras que ainda nem descobri, mas sei que existem. de felicidade, de amanhã. palavras que abrem. palavras que juntam. palavras que voam e as que param...para longe voarem mais. piu.